É... acontece

sábado, 7 de julho de 2007

Possessões em computadores, assombrações em celulares, espíritos no videogame, microondas que falam... O inexplicável parece invadir a era digital.

Madrugada. Por volta de 1h da manhã. Tudo estava escuro e silencioso. Um ambiente perfeito para escrever. Sem distrações. Sem pressa.

O texto fluía pela tela, já que não faltava inspiração. Mas o sono começou a cobrar seu preço, fazendo os olhos pesarem. A solução óbvia foi um café. Ao retornar ao computador com uma xícara generosa, algo estranho aconteceu. Para sua surpresa, a tela estava cheia de frases desconexas. Talvez fosse apenas uma falha, pensou. Contudo, entre o texto sem sentido, uma frase se destacou: "Fale comigo."

Perplexo, você rodou um programa antivírus e desconectou o computador da rede. “Não pode ser um vírus; se for invasão, desligar a conexão resolve”, pensou. Você continuou a escrever, mas pouco mais de uma hora depois, precisou de outro café. Ao voltar, encontrou a tela cheia de caracteres incompreensíveis. O desconforto aumentou. Entre os símbolos confusos, lá estava outra mensagem: "Eu preciso de ajuda."

Um arrepio percorreu sua espinha. CDs que estavam sobre a mesa começaram a se mover sozinhos. Tomado por um medo irracional, você tentou pressionar Ctrl+Alt+Del. Então, uma voz cavernosa emergiu das caixas de som: "Não, não, não..."

O pânico tomou conta. As luzes da casa ficaram brilhantes de forma absurda. Você tentou fugir, mas as portas estavam inexplicavelmente travadas. Instintivamente, olhou para a janela e viu os móveis flutuando.

A visão ficou turva, e a respiração, extremamente difícil. Subitamente, tudo piorou. Um crânio decomposto surgiu do nada, bem diante de você. A criatura cadavérica começou a se aproximar lentamente. A ideia da morte inevitável começou a tomar conta do pouco de razão que restava.

Mas, inesperadamente, algo mudou. Uma mulher de aparência angelical, vestindo trajes antigos, apareceu. Ela envolveu a criatura bizarra em uma luz azul intensa. Sua mão delicada tocou suavemente seu rosto, devolvendo-lhe a calma e o controle. A mulher desapareceu no ar, deixando na mente muitas dúvidas e apenas uma certeza: se você contar, ninguém acreditará. Isso só pode ter uma explicação: poltergeist.

Estranhas Palavras

Um caso parcialmente documentado de transcomunicação envolvendo computadores ocorreu na Inglaterra. Um computador equivalente a um XT estava rodando um processador de texto. Após um período de inatividade, a tela começou a exibir frases em inglês arcaico.

Inicialmente desconexas, as frases começaram a formar um padrão. Intrigados, os moradores da casa decidiram escrever perguntas para o "interlocutor". As respostas se tornaram cada vez mais claras. Descobriu-se que o autor das mensagens era, supostamente, o espírito de uma mulher da era vitoriana.

A entidade pedia pequenos favores, como colocar uma flor no túmulo de seu amado e jogar pedras no rio Tâmisa. Após esses pedidos serem atendidos, a mulher agradeceu e nunca mais fez contato.

Esse fenômeno ganhou destaque, pois as mensagens ocorriam exclusivamente na cozinha da casa. De acordo com algumas correntes místicas, a cozinha é o centro energético de um lar, um local associado a fenômenos positivos e transformadores.

Possessão de Hard Disk

Em uma pequena cidade americana, o Reverendo Jim Peasboro afirmou que computadores podem abrigar espíritos malignos. Segundo ele, qualquer dispositivo capaz de armazenar informações, como o cérebro humano, pode ser alvo de possessão.

Peasboro alegou que 10% dos computadores americanos fabricados após 1985 poderiam estar "possuídos". Sua conclusão veio após receber relatos de fiéis que afirmavam sentir-se tentados pelo demônio ao usar a internet, acessando conteúdos impróprios ou agindo de forma vulgar.

Em um caso específico, uma mulher relatou perder o controle de si mesma ao usar seu computador. O reverendo investigou o dispositivo e afirma ter presenciado algo assustador: ao ligar o computador, um programa foi ativado sem qualquer comando, exibindo na tela a mensagem: "Pastor, você é um fraco, e seu Deus é um mentiroso."

Em seguida, a máquina desligou sozinha, enquanto a impressora começou a expelir papéis com rabiscos indecifráveis. Segundo Peasboro, um especialista identificou que os textos estavam em um dialeto mesopotâmico de 2.800 anos.

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